Cai de uma árvore sobre a terra uma fruta
que rola despretensiosa, sobre o chão,
até encontrar acolhimento em espaço fértil.
Ali fica horas, dias, semanas.
E o vento fez este fruto se cobrir
com os avanços pueris, com a aridez que faz a terra
secar
e a fruta vira semente.
De estação em estação,
neste mesmo solo, antes árido,
fez cair sobre ele o sol, a chuva, o vento.
E o fruto fertilizou e se transformou em broto,
que germinou e fez crescer nova árvore,
que cresceu, cresceu.
E de ano em ano, de estação em estação,
fez-se florescer e deu fruto,
fruto doce, que se tornou alimento,
que é vida a abençoar a vida!
Dádiva da natureza!
Dádiva de Deus!